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O setor de Nãotecidos parabeniza a Plástico Sul

23 jun 2025

O setor de Nãotecidos parabeniza a Plástico Sul

O setor de Nãotecidos parabeniza a Plástico Sul

*Por Mateus Inacio

Estamos felizes em fazer parte das comemorações de 25 anos da revista Plástico Sul, uma publicação que sempre prestigiou a cadeia produtiva dos nãotecidos, em especial os pleitos da ABINT - Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos.

Nossa entidade nasceu em 1991 para dar representatividade ao setor de nãotecidos e tecidos técnicos, promovendo o desenvolvimento do mercado com qualidade, competitividade e sustentabilidade através de relações institucionais, educação, inteligência de mercado e normatização. Parte importante deste trabalho é realizado por meio de nossos comitês técnicos: o CTG e o CTH. Criados em 1999 e 2000, respectivamente, o CTG (Comite Técnico de Geossintéticos) e o CTH (Comite Técnico Médico-Hospitalar) trabalham arduamente no desenvolvimento dos seus respectivos mercados de forma ética e responsável.

Deste a sua criação, a ABINT tem contribuído ativamente para a ampliação do alcance das aplicações desses materiais em segmentos diversos como higiene pessoal, medicina, agronegócio, automobilístico, infraestrutura, construção civil, saneamento básico, calçados e tantos outros. Mesmo assim, o consumo brasileiro per capita de nãotecidos está abaixo do seu potencial, ou seja, ainda há muito trabalho a fazer.

Nos últimos cinco anos, a nossa indústria investiu mais de R$ 600 milhões em ampliação de capacidade e inovação, além de gerar postos de trabalho e receita, para atender setores estratégicos da economia brasileira. No total, cerca de 100 empresas empregaram 17 mil pessoas na produção de mais de 370 mil toneladas de nãotecidos em 2024.

Ainda assim, os dados apurados pela ABINT descrevem um cenário preocupante: em 2024, o aumento da demanda por nãotecidos e tecidos técnicos, além de tímido em função do baixo crescimento econômico e da redução do poder de compra da população, foi absorvido pelo crescimento das importações.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC - ComexStat), o volume de importações de nãotecidos e tecidos técnicos aumentou 32% entre 2019 e 2024, enquanto o valor FOB caiu 14% em dólares. O acumulado dos quatro primeiros meses de 2025 já mostra um aumento de 28% no volume importado em comparação ao mesmo período de 2024. No caso de artigos confeccionados, incluindo máscaras descartáveis, as importações aumentaram 78% em volume e reduziram 39% em preço médio FOB em dólares entre 2019 e 2024, e o volume acumulado nos quatro primeiros meses de 2025 cresceu 288% em relação ao mesmo período do ano anterior. Quando a fabricação local é substituída por importações, cessa também a demanda pelas matérias-primas, criando um efeito dominó que impacta os diversos elos da cadeia e vários setores da economia.

Os efeitos deste movimento puderam ser observados, por exemplo, durante a pandemia, quando o salto na demanda por máscaras e respiradores encontrou países fortemente dependentes de produtos chineses, que se tornaram escassos da noite para o dia. Nesse período, a indústria brasileira investiu R$ 400 milhões para expandir em mais de 22 mil toneladas a capacidade produtiva de insumos para a fabricação de itens de proteção respiratória e hospitalar. Atualmente, apenas uma fração dos 150 fabricantes de máscaras e respiradores, que produziam 500 milhões de unidades por mês durante a pandemia, continuam operando, e o consumo nacional está voltado a ser abastecido por produtos acabados importados, repetindo o movimento observado no passado.

Enquanto perseguimos a equidade competitiva entre produtos importados e fabricados localmente, nossa indústria brasileira trabalha com afinco no cumprimento de normas técnicas, que avalizam a confiabilidade dos produtos e dos processos produtivos, e de requisitos legais, que controlam que as empresas operem em conformidade com padrões ambientais, sociais e fiscais.

Nossos desafios são grandiosos e é com o apoio de publicações como a Plástico Sul que seguimos nossa jornada por qualidade e competitividade. Parabéns pelos 25 anos da publicação e que venham muitos mais!

*Mateus Mesquita Inacio é presidente da ABINT - Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos (www.abint.org.br)

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